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É possível se comunicar de uma forma mais inclusiva?

Alguns pensamentos sobre como venho tentando me comunicar de uma forma neutra e, consequentemente, mais inclusiva.

Há alguns anos atrás, comecei a prestar atenção em como usamos o gênero masculino por padrão em nosso idioma e, desde então, venho tentando me comunicar de uma forma neutra e, consequentemente, mais inclusiva.

Mas o que é exatamente esse gênero masculino por padrão?

Sabe quando você usa os profissionais ou os desenvolvedores pensando que está incluindo todo mundo na conversa?

Na verdade, você está apenas reforçando a ideia, que muita gente está tentando apagar, de que não há mulheres ou pessoas não-binárias no mundo.

É perfeitamente possível escrever ou falar “Quem desenvolve com WordPress” ao invés de “Os desenvolvedores WordPress”, por exemplo, e passar seus pensamentos de uma forma mais confortável para quem os recebe.

Além de tentar usar cada vez menos o gênero, tenho tentado usar mais a forma feminina também. Por isso, ao invés de falar “o time de desenvolvimento” tenho preferido usar “a equipe de desenvolvimento”.

O Rodrigo Primo utilizou “as desenvolvedoras” no lugar de “os desenvolvedores” em sua dissertação de mestrado para levantar esse questionamento. Sensacional!

Na dissertação optei por utilizar o gênero feminino ao invés do costumeiro masculino quando me refiro genericamente a pessoas (a/s programadora/s, a/s alunas, a/s desenvolvedora/s,etc).

Rodrigo Primo

Trabalho na equipe de suporte do WordPress.com e converso com várias pessoas sobre suas assinaturas diariamente e, como você nunca sabe todas as informações de quem está do outro lado do chat, também estou trocando outros termos como “você pode ver seu recibo aqui” por “você pode acessar seu recibo aqui” para evitar algum desconforto caso a pessoa seja deficiente visual.

Sei que isso parece frescura para muita gente mas acredito que temos a obrigação de tentar melhorar o mundo para todas as pessoas e não custa nada se comunicar de uma forma mais inclusiva.

Apenas para finalizar, gostaria de deixar claro que não estudei profundamente essa área e, caso você tenha alguma dica ou correção sobre o que mencionei aqui, sinta-se a vontade para deixar seu comentário.


Crédito da imagem: Frans Van Heerden

Um comentário

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  1. Perfeito, Rafael. Algo que também é bem relevante neste processo, na minha opinião, é que existe um comportamento padrão da maioria das pessoas de supor o gênero de outras pessoas pelo nome, voz, ou imagem de perfil. Pode parecer exagero, mas é algo que sempre me incomodou.

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